Pensar segurança pública no Brasil e em especial, neste período pandêmico o qual estamos vivenciando, é falar sobre diversos aspectos que impactam diretamente na seguridade social. Desta forma convidamos a todos a desmitificarem ou dissociarem a perspectiva usuais que muitos tem a respeito do termo “segurança pública”, quando interligam a estes outros termos, como policiamento, taxas de homicídios, criminalidade e etc.
A segurança pública é um serviço público, difundido no território nacional através da chamada políticas de segurança, que podem se caracterizar como políticas de enfrentamento, combate e prevenção. O fato é que o Brasil vem alguns anos, investindo significativamente em políticas de combate à violência, através do policiamento ostensivo, negligenciando, por exemplo, as atuações enfrentamento e prevenção, tanto da polícia civil, como as demais que atuam em áreas de risco ou vulnerais, através do policiamento comunitário e da política de integração comunitária.
A prática do policiamento ostensivo, favorece em grande medida gestores públicos que desejam se reeleger sobe a tutela de uma agenda política voltada para a segurança. Mas, na verdade, o que se vê é uma política pouco efetiva, que surte efeito se pensada a curto prazo, mas que gera problemas a longo prazo, pois ela não consegue chegar à raiz do problema, seja de uma determinada prática delituosa ou de um território dominado pela criminalidade e é nesse aspecto que a política de segurança deve ser pensada de forma integral, na integridade humana e social do seu público.
Desta forma, se torna necessário reivindicar uma política de segurança integral, humana e social, que não reforce e nem estigmatize corpos e territórios, que consiga assegurar a integridade humana e material dos diferentes indivíduos, que possa corrigir e reeducar. Compreender que tudo que travessa o dia a dia das pessoas repercute na esfera da segurança, na garantia dos seus direitos, que políticas preventivas que estimulam espaços de convivência e lazer, práticas artísticas, culturais e esportivas são ações potencializadoras que transformam realidades marginalizadas, que trazem dignidade e pertencimento a diferentes territórios.
Texto por: Amanda Balbino, articuladora MND.